quarta-feira, 2 de outubro de 2013

10 desenhos da Walt Disney que marcaram a Minha infância antes destes desenhos digitais

odos gostam de momentos felizes com nostalgia que sempre chegam como uma brisa agradável, seja em forma de músicas, de filmes ou de desenhos.
 Um pouco antes da atual era da Disney, dedicada aos filmes 3D e digitais (categoria na qual Toy Story foi pioneiro), todos assistiam as grandes animações da Disney nas manhãs ou tardes por meio das fitas cassete (as quais, às vezes, era necessário ficar rebobinando) e também através dos programas de televisão.
 De fato, os tempos eram outros, e mais difíceis quando se podia contar somente com a boa vontade das emissoras de televisão (e em muitas casos da tv aberta, porque os canais fechados eram tristemente mais caros), das locadoras ou de algum dia cair em nossas mãos uma fita cassete de um desenho. Pessoalmente posso dizer que no Natal ganhava vários. Depois de ganhar, colocava a fita do vídeo cassete e antes de iniciar o desenho, a logomarca da Walt Disney Pictures se formava enquanto tocava uma canção inconfundível.
 Mas hoje já não existe esse vínculo de extrema dependência, uma vez que o acesso às animações clássicas é “incólume”. Incrível que estes momentos combinados com tantas sensações são ingredientes perfeitos para trazer velhas lembranças simples de alegria. São desenhos realmente marcantes que inovaram, influenciaram e podemos dizer que até marcaram as infâncias de muitos.
 Desta maneira, confira uma coletânea de alguns clássicos da Disney antes de estes tornarem-se digitais.
Observação: como todo desenho da Disney possui uma canção simbólica, será colocada uma em cada animação citada abaixo.
Rei Leão
Se existe uma longa metragem que resume todo o sucesso da Disney em produzir desenhos, só pode ser o Rei Leão.
 O filme é histórico por inúmeros motivos, que variam desde a bilheteria, passando pelo próprio enredo, até atingir toda a trilha sonora, esta elaborada por Hans Zimmer (que também fez músicas para Missão Impossível e Gladiador) ao qual lhe rendeu um Oscar de Melhor Trilha Sonora.
 O enredo é uma mistura de emoções, contendo drama, alegria e até um pequeno toque de raiva pelas maldades de Scar (irmão de Mufasa, o rei). Interessante notar que todos os filmes tem realmente personagens com personalidades fortes, o que contribui para esta história recheada por aventuras as quais levam Simba, por exemplo, a encarar a dor de perder o pai.
 O protagonista do primeiro filme é Simba, filho de Mufasa e sobrinho de Scar, e involuntariamente tem a inocência da infância interrompida quando vê Scar assassinando o pai de Simba para ser o novo rei (cena na qual Scar profere a conhecida frase: “a vida não é justa.”). Desta forma, mesmo não desaparecendo com Simba mas, ainda sim, forçando-o a se exilar, consegue assumir o trono temporariamente. A partir daí Simba conhece Timão e Pumba com quem aprende o Hakuna Matata e outras músicas que ficaram na mente de muitos.
 O segundo filme conseguiu manter o nível de qualidade e nos surpreende em mostrar Kovu, filho de Zira o qual também viveu com Scar, tendo muitas semelhanças físicas com este último. No outro lado temos Kiara, filha de Simba e Nala (amiga de infância de Simba,  apareceu no primeiro filme). Kovu se apaixona por Kiara, no entanto Zira pretende matar Simba (que sempre tenta separar o novo casal) por meio de Kovu. Nesta segunda versão da animação também temos uma brilhante participação de Rafiki, um sábio que batiza os pequenos leões desde o primeiro filme erguendo-os no topo de uma montanha sob os olhos de todos os animais do bando e leva Simba a um estado de devaneio.
 Rei Leão teve sua terceira versão também lançada, tendo como personagens principais Timão e Pumba.
A Dama e o Vagabundo
A Dama e o Vagabundo é aquela história urbana que motiva qualquer um a buscar o amor que quiser, independente da situação econômica.
No enredo temos Lady (ou Dama), uma cadela de raça (cocker spaniel) que, após a sua dona ganhar um bebê, é aparentemente esquecida por todos. Joca e Caco, que são amigos bastante próximos, tentam fazer Lady esquecer de seus problemas. Em outros cantos surge Vagabundo, um cachorro de rua e sem raça que leva a vida de maneira totalmente diferente dos cachorros de raça. Lady aos poucos consegue se adaptar com o fato de seus donos terem um bebê, entretanto quando eles viajam, a cadela é deixada com Sarah e seus dois gatos. Após Lady se envolver em grandes problemas envolvendo os felinos, Sarah tenta colocar uma focinheira na cadela, e a mesma acaba fugindo e se perdendo na cidade, encontrando posteriormente o Vagabundo.
 O desenho reúne uma série de cenas marcantes, como o espaguete que Dama e Vagabundo comem durante um jantar.
 Dama e Vagabundo 2 conta a história dos filhos de Dama e Vagabundo, partindo do ponto de vista de Banzé, um dos filhos.
Mulan
Mulan carrega em sua história o “preço da teimosia”, porém no caso da adolescente chinesa acaba sendo válido, sendo inclusive uma influência para muitas meninas e outros “marmanjos” que gostam de uma batalha.
 A jovem tenta não seguir os moldes de como a vida é e outras imposições colocadas para as damas nos tempos imperiais da China. O plano de fundo do enredo é uma guerra entre os chineses e os bárbaros que estão invadindo o país, mesmo com a construção da Muralha da China. O imperador e os generais mandam todos os homens possíveis para a guerra, contudo Mulan vê que seu pai, o Fa Zhou, está com a idade avançada e, portanto, incapaz de lutar. Assim ela decide ir para a guerra disfarçada com a armadura do pai, o que acaba preocupando os seus antepassados espirituais, os quais decidem acordar o Grande Dragão de Pedra a fim de protegê-la. Como em todo desenho da Disney, aparece alguma figura atrapalhada, e neste caso é o pequeno dragão Mushu, o responsável em acordar o dragão. Mushu ao invés de acordar, acaba quebrando a estátua e, para não ser punido, vai ele mesmo ajudar Mulan em sua aventura contra os hunos.
 Pessoalmente, é um dos meus desenhos favoritos. Digo isso sem qualquer hesitação porque além da exposição histórica que a animação aborda, o filme trata da quebra daquela questão do mais fraco e do mais forte. Vemos um pelotão de soldados pouco disciplinados que não só salvam a China como o próprio imperador, tudo isso mostrando Mulan como uma legítima guerreira que abandonou seu lado jovem logo no início da história, cujo desenvolvimento foge de qualquer clichê.
Aladdin
Assim como em Dama e Vagabundo, somos levados para um mundo aonde o pobre que conta com as suas habilidades aprendidas na rua se apaixona por uma rica princesa entediada pela vida monótona que leva. As duas pessoas que se encaixam nestas características são Aladdin e Jasmine.
A princesa Jasmine é filha do Sultão de Agrabah, preocupado com quem filha irá se casar para continuar a linha de sucessão da monarquia, todavia ela não demonstra preocupação com estes assuntos, sentido-se fechada dentro do palácio. Desta forma, ela decide conhecer a cidade e para se disfarçar coloca roupas simples. O casal se encontra após algumas confusões e ambos se apaixonam, mas é claro que surge Jafar para intervir na boa de vida deles. Jafar é o conselheiro do Sultão e deseja recuperar uma lâmpada mágica contendo o animado Gênio da Lâmpada, o qual torna-se amigo de Aladdin.
 O filme ainda teve duas continuações.
A Branca de Neve e os Sete Anões

 Baseado no conto de fadas “A Branca de Neve”, foi lançado em 1937 e foi o primeiro desenho com cores, lançado nove anos após um dos primeiros clássicos da Walt Disney “Steamboat Willie”, o qual estrelava o Mickey Mouse em 1928.
 A história já é conhecida por muitos: a rainha má (a qual torna-se bruxa) que, por meio de consultas corriqueiras ao seu espelho mágico, vê que a Branca de Neve é melhor do que ela e assim decide matá-la (a maldade chega a se equiparar com os atos de Cersei Lannister), enviando um assassino que ao sentir remorso deixa seu alvo fugir. Desta forma, Branca de Neve encontra uma casa tão suja que pensou que era abandonada, porém já era habitada por sete anões (cada um com uma característica própria) e a partir de então começam a trabalhar juntos.
Aos que adquiriram a fita cassete, DVD e outras mídias, puderam assistir um documentário mostrando a grande e difícil elaboração do desenho.
Pinóquio
Lançado em 1940, a animação do Pinóquio também foi baseada em uma história chamada “As Aventuras de Pinóquio” de Carlo Collodi. O enredo mostra a vida relativamente solitária do carpinteiro Geppetto, que, ao construir um boneco de madeira, acaba dando  “vida” para o Pinóquio. Contudo, mesmo que andasse, falasse e pudesse fazer qualquer outro ato de uma criança comum, ainda não era um “menino de verdade”.
 Embora não seja necessariamente uma continuação direta, o filme A.I. Inteligência Artificial (dirigido por Steven Spielberg e indicado para o Oscar), tenta retomar a mesma essência do filme, mostrando a saga de um andróide o qual possui as mesmas habilidades de uma pessoa qualquer, porém encontra-se limitado em outros sentidos. Para tentar ser um menino de verdade, o protagonista passa a procurar a Fada Azul. Na animação da Disney, a Fada Azul servia como uma conselheira de Pinóquio para este tornar-se um indivíduo com virtudes.
Alice no País das Maravilhas
Baseado na obra de Lewis Carroll “Alice’s Adventures in Wonderland”, a animação tenta mostrar os quebra-cabeças encontrados no livro, como o “chá de loucos” e aparições do “Mestre Gato”, além de abordar assuntos existencialistas, os quais são atinentes à metáfora da mudança de tamanho que Alice sofre em vários momentos, demonstrando que ela ainda esta conhecendo a si própria em decorrência do fato de estar na adolescência. Embora a obra apresente uma série de interpretações, Walt Disney tentou abordá-las de uma forma sutil e divertida para conseguir agradar a todos, mostrando personagens marcantes como o Mestre Gato, o rápido Coelho Branco, a Rainha de Copas, o Chapeleiro Louco, os gêmeos Tweedle Dee e Tweedle Dum, Dodô e outros.
A Espada Era a Lei
Uma animação para qualquer aspirante à docência na área de história e da literatura. É datada de 1963, e seu enredo foi construído a partir de uma obra clássica (neste caso escrita por TH White). No século VI, o rei da Inglaterra morre sem deixar herdeiros, tornando a questão da sucessão problemática. Para isso, é proposto que quem tirasse a espada encravada em uma pedra seria o novo rei da Inglaterra, levando vários cavaleiros a tentar retirar a arma, entretanto todos sem sucesso. O mago Merlin então encontra Arthur, um garoto que sonha em ser cavaleiro, e promete ajudar o menino, visto que prevê o sucesso de Arthur como rei. Todavia, neste período surgem inúmeras figuras como a Madame Mim, uma bruxa atrapalhada que perde uma luta contra Merlin.
A Bela e a Fera
 
O longa é considerado um dos melhores filmes da Walt Disney, juntamente com Rei Leão, tendo inclusive participado de várias categorias do Oscar (algumas até inéditas quanto a participação de animações). Da década de 90, é um dos últimos desenhos que surgiram a partir de uma obra clássica (oriundo de um conto francês ao qual recebe o mesmo título).
 Com vários sinais marcantes (em músicas ou entre os muitos personagens memoráveis), a história descreve a vida de um príncipe que, após ter rejeitado ajudar a uma velha mendiga,  na realidade uma feiticeira, é amaldiçoado pela mesma e ele é transformado em um monstro, juntamente com os criados, os quais tornam-se objetos animados. A mendiga oferece uma rosa que florescia por vinte e um anos, alegando que se até a última pétala cair ele não tiver se apaixonado por ninguém, o feitiço não poderá mais ser quebrado.
 Em uma aldeia próxima ao castelo reside Bela, filha de Maurice, cujas virtudes, qualidades e beleza atraem a atenção de caçadores como Gaston, homem com o Bela não deseja se casar. Em um momento, Bela e Maurice se perdem na floresta e este último acaba entrando no castelo da Fera sem saber da lenda. Assim é recebido por Cogsworth, um relógio, Lumière, o candelabro com um forte sotaque, Sra. Potts, um bule de chá e seu filho, Chip, uma xícara de chá. Fera decide prender Maurice, no entanto Bela decide tornar-se prisioneira no lugar do pai. Os dois acabam se gostando e Fera, um tanto arrependido, deixa Bela ir salvar o seu pai que estava sendo vítima de uma denúncia feita por Gaston, o qual dizia que o velho estava maluco e merecia ser internado. Posteriormente o caçador também tenta matar Fera.
 O sucesso foi tão grande (inclusive das músicas) que os produtores decidiram montar outros spin-offque se enquadravam na categoria de musicais. Os outros segmentos foram: “O mundo mágico de Bela” e “A Bela e a Fera: O Natal Encantado” (porque quase todo o clássico tem sua versão natalina).
Pocahontas
Uma das primeiras animações da Disney que saíram de lendas européias ou de fatos urbanos contemporâneos e passaram a mostrar o ponto de vista dos povos nativos indígenas que habitavam o território dos Estados Unidos além dos exploradores ingleses. Inclusive, uma das poucas animações na qual o segundo filme conseguiu ser tão bom quanto o primeiro, ou melhor.
 Todo o roteiro do primeiro filme e parte do segundo foi baseado em uma história lendária de grande importância para a história norte americana, já que representa a origem simbólica das relações entre os nativos e os colonizadores.
 No primeiro filme é apresentada Pocahontas, filha do chefe da tribo Powhatan, o qual a promete em casamento para o guerreiro Kocoum. Enquanto isso, os ingleses iniciam a colonização e a exploração de ouro, haja vista que estimavam a grande quantidade deste minério naquela região, tudo comandado pelo sádico e ganancioso Ratcliffe. Pocahontas acaba encontrando John Smith, capitão do navio, o qual se demonstra totalmente diferente do governador Ratcliffe e acabam gostando um do outro. Isto acaba resultando em um sério problema no local, tornando-se ainda mais grave quando Thomas (amigo de Smith) atira em Kocoum, fazendo com que os indígenas declarem guerra contra os ingleses. O final, o qual já previa uma continuação, mostra Smith, ferido por ter salvado Powhatan de um tiro dado por Ratcliffe, voltando para a Inglaterra e Pocahontas autorizada a ir até a Europa.
 O segundo filme introduz John Rolfe ao qual Pocahontas também cria vínculos (aliás ela é uma das protagonistas da Disney que mais gostam de criar triângulos amorosos) quando vai para a Europa representar os indígenas de sua tribo a fim de amenizar a crescente exploração.
Bambi
 
Apesar da morte do pai de Simba ser considerada uma das cenas mais tristes da história das animações, Bambi também reúne partes bastante dramáticas, tais como a morte da mãe do protagonista.
O desenho retrata a vida do cervo Bambi, futuro Príncipe da Floresta, título o qual pertence ao seu orgulhoso pai com quem pouco conversa. Com a passagem das estações, Bambi torna-se amigo do Tambor, um coelho branco, da Coruja, da gambá Flor e finalmente de Faline, com quem futuramente viria a ter fihos.
Muitos anos depois, em 2006, a Walt Disney produziu Bambi II, filme que mostra como foi a relação entre Bambi e seu pai, o Grande Príncipe da Floresta.
Corcunda de Notre Dame


Na Paris da Idade Média, quando a Igreja ainda exercia um forte poder político sobre toda a Europa, Quasimodo é um rapaz que devido a sua feiúra não tem coragem de se mostrar em público, ficando retido na catedral tendo como função tocar os sinos, vivendo sob a companhia de três gárgulas. Mesmo contra as ordens, Quasimodo decide sair da catedral a fim de ver uma grande festa que acontecia na cidade, sendo caçoado posteriormente por toda a população presente. A cigana Esmeralda o defende, desencadeando uma fúria por parte do juiz Claude Frollo, sendo assim sentenciada à morte na fogueira por suspeitas de bruxaria. Quasimodo a salva e Esmeralda o leva para um esconderijo de ciganos, porém Frollo acaba descobrindo o lugar. O final sem dúvidas é um dos mais dramáticos e torturantes entre os desenhos da Walt Disney.
 O segundo filme se passa alguns anos depois do primeiro, e Quasimodo já é aceito pela sociedade de Paris. Esmeralda se casa com Febus (um capitão da guarda que também aparece no primeiro filme). O vilão é Sarousch, um criminoso que se disfarça de artista circense. Em Paris, Sarousch deseja roubar a catedral. Neste filme, inclusive, temos o primeiro romance de Quasimodo ao conhecer Madellaine.
O Caldeirão Mágico
 
Foi uma das tentativas da Disney de transformar cenários coloridos em sórdidos e lúgubres, cujas histórias são bastante similares com as de Tolkien e até da animação “A Caverna do Dragão”. O problema veio pelo “baque” que os críticos e os próprios fãs sentiram com uma animação que saiu do padrão que a Disney estabeleceu ao longo dos anos, recebendo até a classificação de faixa etária por ter mostrado lutas reais de espada e legiões de mortos vivos (hoje já é algo banalizado e pode-se dizer até “inocente”).
 Lançado na década de 80, o filme mostra Taran, um guardador de porcos da fazenda de Caer Dallben e, assim como Arthur de “A Espada era a Lei”, deseja tornar-se um grande guerreiro, mas seu sonho é interrompido quando o Rei Horned rouba seu porco Hen Wen. O motivo do sequestro se dá porque que o vilão acredita que o porco poderá indicar onde está o Caldeirão Negro, o qual concede grandes poderes para aquele que o adquire. Taran se junta com a princesa Eilonwy e partem para salvar o mundo.

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