sábado, 18 de janeiro de 2014

.“OU” É MAIS NATURAL QUE “E”.



A gente se acostumou – muito por causa da publicidade – a não lidar bem com escolhas e a querer ter tudo: corpo perfeito E bolsa da moda E jantares incríveis E fim de semana cheio E um carro novo a cada ano E o celular da hora… e a gente quer cada vez mais. Vale pra nossa autoimagem também: geral gastando bem mais energia que o necessário pra ter “barriga negativa” E  bumbum da Sabrina Sato E perna dura E cabelo tratado E uma carinha linda E cintura fina… a lista de isso E aquilo só cresce.
Achar que a gente pode/tem que ter tudo na vida (e tudo imediatamente!) é cultivar intolerância, irritação e arrogância. Tamos aqui pensando que é mais natural viver com OU do que com E.
É maravilhoso viver num tempo em que há tanta possibilidade de escolha pra tudo tudo tudo na vida — mas escolher envolve renunciar. Desejar muito qualquer coisa faz com que seja NATURAL abrir mão de outras, e assim a alguma frustração faz parte de toda escolha que a gente faz. Ter tudo — e tudo perfeito — não é humano, não tem como a gente ter tudo-ao-mesmo-tempo-agora sendo humana. Natural é ter isso OU aquilo, e não isso E aquilo! Então… enxergar essas frustrações, compreender esse mecanismo e lidar bem com elas significa, na prática, crescer em maturidade. Inteligente é focar nas nossas escolhas (que, quando feitas a partir do próprio autoconhecimento, tem muita chance de ser certeiras!) e nas vontades supridas — e não permitir que quaisquer sentimentos ruins decorrentes de frustração sejam dominantes.
A gente tem certeza de que o exercício de ‘focar a energia na parte boa’ sempre compensa. Cola na nossa. :)
“Só o fato de pararmos um instante para examinar um pouco a motivação e os argumentos que criamos para nos convencer da absoluta necessidade de satisfazer a cada um dos nossos infindáveis desejos já nos ajuda a realizar escolhas mais autênticas.” (Letícia Braga Ferreira em ‘O prazer de ficar em casa’)

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